quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A greve de hoje

Hoje assistimos a uma greve geral. Foi mais um dos muitos actos de catarse da indignação popular que alastra por toda a Europa em resposta aos brutais atentados aos mais elementares direitos dos cidadãos. Estamos numa mudança semelhante à que ditou o fim da Idade Média há 600 anos. Nessa época, a expressão da indignação popular acabava invariavelmente num banho de sangue. Hoje, a democracia proporciona-nos a válvula de escape das greves e manifestações pacíficas, pesem embora as acções de trogloditas como o do Intermarché de Famalicão.
No meio da "batalha" dos números da greve temos de ter em consideração que a maioria dos trabalhadores portugueses não pode fazer greve por estar em situação laboral precária, implicando qualquer acção de protesto o perigo de despedimento a curto prazo.
Embora amanhã não se sinta qualquer diferença, sinto que se subiu mais um degrau em direcção à mudança que nos levará às pretendidas Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

2 comentários:

Jorge Coelho disse...

Motivado pela tentativa de ajudar uma filha num trabalho para a Faculdade de Arquitectura versando o Bairro da Agra do Amial, tive o grato prazer de ver o seu blog. Como morador que fui no referido Bairro, muitas das suas referências são-me familiares.Por tudo isto queria deixar uma palavra de apreço pelas lembranças e, já agora, de concordância com as matérias tratadas no blog.

Guimaraes disse...

Caro Jorge
Desde que nasci e até 1971 vivi no largo que tem o fontanário, na rua Dionísio dos Santos Silva.
O Bairro da Agra foi construído teria eu 15 ou 16 anos e recordo-me perfeitamente da inauguração, tendo a qualidade das casas feito inveja aos moradores da minha rua, moradores, na sua maioria, em casas sem água e ilhas com uma retrete para todos.
Terei muito gosto em ajudar com as minhas memórias o trabalho de sua filha.
Um abraço