sexta-feira, 29 de junho de 2007

Ainda as maternidades

Todos nos recordamos das polémicas do encerramento de maternidades em hospitais do SNS, algumas ainda em curso.
Os encerramentos foram feitos com base no relatório de uma Comissão Científica, que determinou as condições de funcionamento, tanto para as maternidades estatais como para as privadas, embora mais liberais para estas últimas. Tudo isto em nome da defesa das mães e dos bebés.
Embora o relatório nada tivesse de científico, pois não era repetível, não indicando para cada caso, item a item, as causas do encerramento ou manutenção, ao contrário do das Urgências, foi aceite como instrumento fundamental.
Numa sessão de esclarecimento sobre o assunto, na Figueira da Foz, o sr. presidente da Comissão, director da Maternidade Alfredo da Costa, ao tentar justificar os encerramentos, deixou-nos dados para concluirmos que a primeira a fechar por falta de condições seria a dele.
Deixou também descair que o problema era a falta de médicos e enfermeiros especializados para cobertura de todas as maternidades. Nesta conformidade, claro que fechavam as situadas nas localidades menos "importantes", independentemente das condições técnicas das que encerravam e das que se mantinham. Não afirmou isto, mas parece óbvio.
Aparecem agora a notícia e entrevista seguintes:
Então onde está a preocupação com a saúde das mães e dos bebés para não se encerrarem imediatamente as maternidades não conformes?
Onde está a coerência do Ministério da Saúde?

Excelentes!!!!!

Depois de ler esta inacreditavel notícia http://jn.sapo.pt/2007/06/27/porto/ambulancia_retida_ipo_causa_15_centi.html, só reforço a minha ideia sobre alguns dos gestores hospitalares actuais.
Certamente são considerados "excelentes", por terem estas ideias sobre gestão económica e de espaços. Só não têm o Prémio Nobel, por ser pequena recompensa para tão grandes cabeças...
Também as justificações são dignas de qualquer prémio de humor.
Não me admira que os intervenientes passem a fazer parte das comissões científicas, técnicas ou de peritos dos estudos governamentais, que tão belos produtos nos têm proporcionado.

Declarações ministeriais

Depois de ler esta notícia: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/AZNmNUM7kVEXhVuxxCxQXA.html, só posso concordar com o sr. Ministro.
Se fosse um histórico de esquerda, como ele, e visse transcritas algumas das afirmações que faz, com aquele jeito especial que tem para dar tiros nos pés, certamente me sentiria ofendido e apoucado.

terça-feira, 26 de junho de 2007

O S.João do Porto

Este ano fui finalmente participar no S. João do Porto, o que não fazia há mais de 20 anos.
Portuense com muito orgulho, por razões profissionais estive afastado durante muitos anos, embora celebrando sempre a festa, nos mais diversos locais, como Quelimane, Macau ou Figueira da Foz.
Digo que fui participar, porque é impossível ir ao Porto "ver" a festa, como quem vê um filme ou as marchas de Lisboa.
No Porto, quem está, seja quem for, participa. Ao sorrir quando apanha com o martelo ou com o alho, já está a participar.
Esta festa do solestício, muito anterior ao nascimento do santo que ficou com a culpa, é de facto algo de telúrico. De união do Homem com a Natureza.
Como não participava, no Porto, há mais de 20 anos, quero transmitir as diferenças que encontrei:
  • Há 20 anos estávamos no auge dos martelos de plástico, sendo muito raros os alhos porros e, ainda mais, os balões.
  • Este ano, vi com muito agrado a volta do velho alho, em quantidades consideraveis, e uma quantidade de balões como nunca tinha visto.
  • Há 20 anos, a festa era da cidade do Porto. Hoje, já não há razão para a existência de duas cidades separadas pelo rio. Vi que há uma grande cidade composta de duas partes ligadas pelo rio. O entusiasmo em Gaia era tanto como no Porto.

Um grande e grato abraço ao pessoal do Porto e de Gaia.

Deixei de fumar

Depois de mais de 40 anos a fumar cerca de maço e meio por dia, decidi deixar de fumar.
Julgava ser muito difícil, mas com a ajuda do medicamento "Champix" (não ganho nada pela publicidade) consegui deixar de fumar no dia 10 de Abril, até hoje.
A princípio tinha, ocasionalmente, vontade de dar umas "puxas", mas nada de inultrapassavel, como resistir aqueles camarões que se estão a rir para nós, ou a dar dois murros no chefe em ocasiões mais conturbadas.
Não quero dar o testemunho de "convertido fundamentalista", mas dar informação a quem também queira deixar.
O tratamento é de 3 meses e custa omesmo que 1 maço de tabaco por dia (cerca de 250 €).

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Como começou

Leitor de blogs com alguma assiduidade, tive de criar este para comentar um post de outro blog.
Como acho graça à ideia, como escrever, meter numa garrafa e atirar ao mar esperando que alguém leia, e parecia mal um blog vazio, vou tentar escrever qualquer coisa de vez em quando.
Pretendo ainda compartilhar ideias e experiências.
Se alguém ler isto, diga qualquer coisinha....