terça-feira, 26 de junho de 2007

O S.João do Porto

Este ano fui finalmente participar no S. João do Porto, o que não fazia há mais de 20 anos.
Portuense com muito orgulho, por razões profissionais estive afastado durante muitos anos, embora celebrando sempre a festa, nos mais diversos locais, como Quelimane, Macau ou Figueira da Foz.
Digo que fui participar, porque é impossível ir ao Porto "ver" a festa, como quem vê um filme ou as marchas de Lisboa.
No Porto, quem está, seja quem for, participa. Ao sorrir quando apanha com o martelo ou com o alho, já está a participar.
Esta festa do solestício, muito anterior ao nascimento do santo que ficou com a culpa, é de facto algo de telúrico. De união do Homem com a Natureza.
Como não participava, no Porto, há mais de 20 anos, quero transmitir as diferenças que encontrei:
  • Há 20 anos estávamos no auge dos martelos de plástico, sendo muito raros os alhos porros e, ainda mais, os balões.
  • Este ano, vi com muito agrado a volta do velho alho, em quantidades consideraveis, e uma quantidade de balões como nunca tinha visto.
  • Há 20 anos, a festa era da cidade do Porto. Hoje, já não há razão para a existência de duas cidades separadas pelo rio. Vi que há uma grande cidade composta de duas partes ligadas pelo rio. O entusiasmo em Gaia era tanto como no Porto.

Um grande e grato abraço ao pessoal do Porto e de Gaia.

1 comentário:

Nuno Guimas disse...

Outra diferença é que agora há um Rio chamado Rui que é ainda mais poluído que o Douro e com um fundo bem mais negro e sinuoso. Talvez o S. João faça o milagre de dar uma martelada no La Feria e devolver o Rivoli a quem pertence: ao povo do Porto.