quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Parabéns sr. primeiro-ministro

Hoje foi um dia memorável para o sr. primeiro-ministro. Muito mais que o do "porreiro, pá!".

Tomou três atitudes absolutamente certas.

A primeira foi recuar naquela intenção idiota da divisão dos 9.8 € de aumento das reformas em 14 prestações. Fica sempre bem reconhecer os erros e emendá-los. Disse o sr. primeiro-ministro que se tratava de uma decisão do Conselho de Concertação Social. Como não me recordo de votar para a constituição de tal conselho, não me sinto minimamente representado por eles. Por mim, estão despedidos!

A segunda foi evitar-nos a chatice e a despesa de ir votar em mais um referendo.
Referendo para quê?
Qual a percentagem dos presumíveis votantes que sabe o que é o Tratado de Lisboa?
Da esmagadora maioria que não sabe, qual a percentagem dos que têm capacidade para perceber a linguagem hermética do tratado?
Claro que viriam logo os políticos dos dois lados (sim e não) tentar, em exercício de caciquismo, explicar o que se passa.
Qual a percentagem dos portugueses que ainda acredita nos políticos?
Teríamos assim que a grande maioria dos poucos que se dispusessem a ir votar não saberia muito bem o que estava a fazer.
Por outro lado, elegemos, e estamos a pagar, a mais de duas centenas de senhores políticos (os deputados) que têm obrigação de saber destas coisas (será que sabem?) e decidir em conformidade. Se é para sermos nós a decidir, escusam de lá estar...

A terceira atitude certa, foi, relativamente à nomeação para a administração de Caixa Geral de Depósitos, afirmar que o governo não faz nomeações por referência partidária, mas por mérito.
Não posso aplaudir mais.
Claro que, por coerência, o mesmo se estenderá às nomeações para dirigentes da Administração Pública, incluindo hospitais E.P.E.

Parabéns, sr. primeiro-ministro!