domingo, 19 de agosto de 2007

Energúmenos e milho trangénico

Antes de mais, quero esclarecer que sou adepto da agricultura biológica (o mais possível), da ecologia, da gastronomia tradicional e que fico mal disposto só de passar à porta do McDonald (salvo seja!).

Ontem um grupo de cerca de uma centena de energúmenos, auto-intitulados de ecologistas, destruiu um campo de milho trangénico devidamente licenciado.

Uma patrulha da GNR (2 elementos?) assistiu aos acontecimentos sem intervir, afirmando-se que identificou alguns, portugueses, não tendo identificado a maioria por serem estrangeiros sem identificação.

Eu compreendo que poucos elementos da GNR de uma aldeola não tenham meios para fazer frente a uma centena de energúmenos profissionais, mas o Comando geral tem obrigação de dar uma explicação minimamente inteligente. Se eu estiver num bar à noite e entrar uma rusga da GNR, se não tiver identificação fico detido até que ela apareça. Parece que ser português em Portugal é um handicap.

Também se diz no comunicado do Governo que foram cumpridos todos os trâmites legais para possibilitar uma acção criminal posterior e que, tratando-se de um crime semi-público, a GNR só poderia intervir após queixa formal da vítima. Isto é, se alguém me agredir em frente a um agente da autoridade, ele só pode intervir após queixa formal minha.

De minha parte, depois de morto podem meter os polícias onde melhor lhes aprouver!

Confirma-se o que se disse no meu último post: a legislação não pretende evitar os crimes, mas puni-los (se os advogados deixarem!).

Os organizadores da destruição, armando-se em heróis defensores da nossa saúde e bem-estar, não passam de um bando de cobardolas com actuações comuns aos nazis, Ku Klux Klan, Talibans e outros que pretendem impôr ao mundo a "sua" verdade.

Se não concordam com a autorização de plantação do milho trangénico (eu também tenho dúvidas!) e querem destruir alguma coisa, vão destruir quem autorizou - o Ministério da Agricultura. Mas aí são capazes de enfrentar polícias de intervenção, GOE, etc. e, para isso, falta-lhes um produto agrícola fundamental: TOMATES!

Já agora, só uma dúvida. Não se tratará de uma "guerra" de vendedores de sementes de milho trangénico?

É que, de esquerdistas de BMW estou farto!