quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A greve de hoje

Hoje assistimos a uma greve geral. Foi mais um dos muitos actos de catarse da indignação popular que alastra por toda a Europa em resposta aos brutais atentados aos mais elementares direitos dos cidadãos. Estamos numa mudança semelhante à que ditou o fim da Idade Média há 600 anos. Nessa época, a expressão da indignação popular acabava invariavelmente num banho de sangue. Hoje, a democracia proporciona-nos a válvula de escape das greves e manifestações pacíficas, pesem embora as acções de trogloditas como o do Intermarché de Famalicão.
No meio da "batalha" dos números da greve temos de ter em consideração que a maioria dos trabalhadores portugueses não pode fazer greve por estar em situação laboral precária, implicando qualquer acção de protesto o perigo de despedimento a curto prazo.
Embora amanhã não se sinta qualquer diferença, sinto que se subiu mais um degrau em direcção à mudança que nos levará às pretendidas Liberdade, Igualdade e Fraternidade.