Cá estou mais uma vez a propor um solução para desatar o nó cego de mais uma trapalhada dos políticos.
O último "Prós e Contras" foi mais uma demonstração de que o governo tinha decidido mais uma vez em cima do joelho, sem justificações minimamente coerentes do que tinha decretado e que, do lado oposto, muita gente estava a opinar por títulos de jornal, sem que tivesse ao menos lido a legislação publicada. Se tivessem lido, não tinham feito perguntas sobre carros de matrícula estrangeira e outras demonstrativas da mais completa ignorância dos diplomas. Enfim, uma bela imagem da qualidade dos que nos governam e dos que se propõem governar-nos.
De um lado, o governo defendia, sem grande convicção, as portagens nas SCUTS do Norte e a oposição, ou as portagens em todas ou em nenhumas. Uma verdadeira discussão de surdos de que sobressaíram as contundentes propostas do eng. Macário Correia.
Como com discussões de surdos e propostas anedóticas não vamos a lado nenhum, cá vai a minha achega, que considero equilibrada.
É sabido que a introdução das portagens vai acarretar aumento substancial nas despesas dos que diariamente são obrigados a utilizar as SCUTS. Por exemplo, um habitante da região de Aveiro que trabalhe no Porto em local de acesso e horário dificeis para utilização dos transportes colectivos, e há bastantes, terá uma acréscimo diário de mais de 8 euros, no total mensal de cerca de 180 euros, mais de 10% de um vencimento acima da média.
Se o preço por km é o mesmo que o das restantes auto-estradas, porquê essa complicação de DEM's, contabilidades diferenciadas, etc.? Para isso já existe a comprovadíssima Via-Verde.
Para os que não quisessem ser identificados, poderia o identificador ser indexado a uma cartão pré-pago, como os dos telemóveis, dos Jogos Santa Casa ou do "andante" dos transportes do Porto. Portanto, nada a inventar. Bastavam uns ajustes no software do sistema.
A novidade da minha proposta é a introdução em todas as auto-estradas de um abatimento, tipo passe, também à imagem do "andante", para os utilizadores frequentes, minorando os encargos, não só dos futuros pagantes, mas também dos actuais explorados pelas portagens nos acessos a Lisboa, que tanto se queixam dos "privilégios" do Norte. Continuamos em simples ajustes de software.
Claro que seria sempre necessário o identificador, podendo não ser indexado ao carro, como é o cartão de passe da CP ou o cartão "andante" do Porto.
Se têm medo da identificação, morram de medo, porque podem ser seguidos pelos mais diversos processos (cartão multibanco, câmaras fotográficas, etc.) sem que disso se apercebam.
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